André Ventura: “Marcelo não está a garantir a entrada rápida da lei da imigração”

O presidente do Chega, André Ventura, considerou urgente a entrada em vigor da Lei da Imigração e culpou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por esse atraso, na segunda-feira.
“Houve um atraso na entrada em vigor da nova lei dos estrangeiros — responsabilidade do Presidente da República. O julgamento político será feito no momento certo. Se não tivermos portas nem janelas nas nossas casas, o país transforma-se num terreno baldio. Não sabemos ao certo quantos imigrantes vivem em Portugal”, disse André Ventura.
Para o Chega “este é um cenário de descontrolo total”. “Não se trata de um pormenor. Temos de implementar medidas de controlo e fazê-lo com urgência. O Presidente da República não está a garantir a entrada rápida da lei”, sublinhou.
Ventura abordou também as eleições autárquicas ao referir que o partido continua a acompanhar “de perto as candidaturas”. “A nossa aposta é conquistar câmaras no Alentejo e no resto do país, trazendo uma verdadeira mudança a nível nacional. Sabemos que é uma zona difícil, mas temos sentido, por parte da população, uma vontade crescente de mudança”.
“Como Presidente do Partido, estou aqui para incentivar e mobilizar os distritos. O grande desafio é transformar a vitória nacional numa vitória autárquica. Queremos reforçar esse trabalho mesmo nas localidades mais pequenas e temos de ir ao encontro das pessoas”, disse Ventura.
Segundo o líder do Chega, o objetivo “é apresentar 308 candidaturas”, e com isso “concorrer a todas as juntas”. “Este ano, temos muito mais pessoas dispostas a ser candidatas. Ainda assim, há muitos que têm medo de dar a cara pelo Chega, o que é extremamente negativo. Queremos quebrar essa barreira”.
“Nas câmaras municipais mais pequenas, há pessoas ligadas a negócios ou ao setor público que têm receio de se expor. Isso é um sinal muito preocupante para a democracia”, referiu.
Os incêndios foram outro tema abordado por André Ventura. O líder do Chega considerou que “há detidos que já confessaram estes crimes. Apesar de haver diferentes tipos de crime, estes criminosos não podem continuar à solta. Alguns têm problemas de alcoolismo ou toxicodependência”. Perante isto o dirigente partidária acusou o Governo de estar a fazer “um trabalho muito fraco neste combate”.
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